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A HORA DA GRAÇA UNIVERSAL
“Desejo que todos os anos, no dia 8 de Dezembro ao meio dia, seja realizada a HORA DA GRAÇA UNIVERSAL. Com essa prática serão alcançadas numerosas graças espirituais e corporais.”
A prática da Hora da Graça consiste em, todos os anos, no dia 8 de dezembro, festa da Imaculada Conceição, ao meio dia, reunir-se na Igreja para orações especiais durante uma hora, para conseguir o dom da conversão e da santificação.
Nossa Senhora manifestou-se a Pierina Gilli uma (1911 - 1991), religiosa italiana do Instituto da Servas da Caridade, em Montichiari, desejando ser chamada de Rosa Mística.
Na aparição do dia 08 de dezembro de 1947, Nossa Senhora disse-lhe: “Desejo que todo ano, no dia 8 de dezembro, realize-se a HORA DA GRAÇA UNIVERSAL. Com essa prática, serão alcançadas numerosas graças espirituais e corporais”.
Nossa Senhora disse também a Pierina Gilli nessa mesma ocasião: “Mesmo àqueles que não puderem ir às Igrejas e permanecerem rezando em suas casas ao meio-dia, concederei muitas graças”.
E pediu que o seu desejo da instituição da Hora da Graça fosse manifestado ao Papa Pio XII, a fim de que essa devoção fosse espalhada por todo o mundo.
A Hora da Graça será um evento com grandes e numerosas conversões. Tudo isso tu falarás pessoalmente... Para o dia 08 de dezembro, preparem-se com oração e penitência. Rezem três vezes ao dia (por estes nove dias de preparação, ou) todos os dias , o salmo 50, Miserere, de braços abertos...
Almas endurecidas, gélidas como mármore, serão atingidas pela Graça Divina..."
Oração
"Conceição Imaculada de Maria, por todos os Vossos méritos, abri as portas do Vosso Coração e deixai espalhar pelo mundo todo, graças incontáveis, repletas de bênçãos espirituais e temporais" (Fazer os pedidos).
Reza-se em seguida:
7 Ave-Marias em honra das 7 dores do Coração Imaculado.
3 Glórias ao Pai em honra da Santíssima Trindade intercaladas com: Rosa Mística, rogai por nós.
Como preparação para o evento do dia 08 de Dezembro, Nossa Senhora indicou o que deveria ser feito:
"Oração e Penitência"
"Ele está para enviar um dilúvio de castigos... Intervim para implorar ainda a misericórdia, e em reparação peço oração e penitência"
A Imaculada Conceição é um dos importantes títulos com que é venerada a Virgem Maria.
O dogma Imaculada Conceição de Nossa Senhora foi proclamado pelo Papa Pio IX, em 1854, com a bula Ineffabilis Deus, resultado da devoção popular aliada a intervenções papais e infindáveis debates teológicos.
Desde o primeiro instante de sua existência, a Virgem Maria foi preservada por Deus, da falta de graça santificante que aflige a humanidade, porque ela estava cheia de graça divina.
Também professa que a Virgem Maria viveu uma vida completamente livre de pecado.
Uma vez que Jesus tornou-se encarnado no ventre da Virgem Maria, era necessário que ela estivesse completamente livre de pecado para poder gerar seu Filho.
"Pode o puro [Jesus] Vir dum ser impuro? Jamais!"(Jó 14:4)
Nos anos 700 esta celebração já existia no oriente. Em 1570, Pio V publicou o novo Ofício e em 1708 Clemente XI estendeu a festa, tornando-a obrigatória a toda a cristandade.
 
 
A IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA
Maria é uma segunda Eva… mas Eva antes de sua queda!
O movimento do sol e da lua está matematicamente fixado pela lei da natureza; entretanto, Josué não hesitou em fazê-lo parar: “Sol detem-te em Gibeon, e tu, lua, no vale de Hadjalon. E o sol deteve-se e a lua parou” (Jos. 10, 12-13).
É uma lei que as águas sigam a correnteza do seu curso. Entretanto, “Moisés estendeu a mão…” o mar deixou livre o seu leito, partiram-se as águas, com um muro à sua esquerda e à sua direita (Exod. 14, 21 e 22).
É uma lei que um morto fique morto até à ressureição geral, entretanto, o próprio Cristo-Deus, diante do cadáver de Lázaro, já em putrefação, exclamou: “Lázaro, sai!” (Jo 11, 43 e 41). E imediatamente aquele que estava morto saiu vivo.
Isso demonstra que “para Deus nada é impossível” (Lc 18, 27).
Será então impossível para Deus preservar Maria Santíssima do Pecado Original?
Depois da queda do pecado original, Deus falou ao demônio, oculto sob a forma de serpente: “Ei de por inimizade entre ti e a mulher, entre sua raça (semente) e a tua; ela te esmagará a cabeça” (Gen 3, 15). Basta um pouco de boa-vontade para compreender de que “mulher” o texto fala. A única mulher “cheia de graça“, “bendita entre todas“, na qual a “semente” ou (raça) foi Nosso Senhor Jesus Cristo (e os cristãos), é a Santíssima Virgem, a nova Eva, mãe do Novo Adão. Conforme esse texto, há uma luta entre dois antagonistas: de um lado, está uma mulher com o filho; do outro, o demônio.
Em outras palavras, a inimizade entre a mulher (e sua posteridade) e a serpente, implica, necessariamente, que Nosso Senhor e Nossa Senhora não poderiam ter sido manchados pelo pecado original.
Na saudação angélica, quando S. Gabriel diz: “Ave, cheia de graça. O Senhor é convosco“. Ora, não se exprimiria desta maneira o anjo e nem haveria plenitude de graça, se Nossa Senhora tivesse o pecado original, visto o homem ter perdido a graça após o pecado.
A maneira da saudação angélica transparece a grandeza de Nossa Senhora, pois o Anjo a saúda com a “Ave, Cheia de Graça“. Ele troca o nome “Maria” pela qualidade “Cheia de Graça“, como Deus desejou chamá-la.
Prossegue o arcanjo: Não temas, Maria, pois “achaste graça diante de Deus“. Aqui termina a revelação da Imaculada Conceição para começar a da maternidade divina: “Eis que conceberás no teu ventre e darás à luz um filho, e por-lhe-ás o nome de Jesus“. (Lc 1, 28).
Pela simples leitura percebe-se a conexão estreita entre duas verdades: “Maria será a mãe de Jesus, porque achou graça diante de Deus“.
Mas, que graça Nossa Senhora achou diante de Deus para poder ser escolhida como a Mãe Dele? Ora, a única graça que não existia – ou que estava “perdida” – era a “graça original“.
 Falar, pois, que: “Maria achou graça” é dizer que achou a “graça original“. Ora, a “graça original” é a “Imaculada Conceição. Se qualquer mácula houvesse na formação de Maria Santíssima, teria havido igualmente na formação de Jesus, pois o filho é formado do sangue materno.
S. Paulo assim se expressa sobre o ventre de onde nasceu o menino-Deus: “Cristo, porém, apareceu como um pontífice dos bens futuros. Entrou no tabernáculo mais excelente e perfeito, não construído por mãos humanas, nem mesmo deste mundo” (Hebr 9, 12).
Que tabernáculo é esse, “não construído por mãos humanas“, por onde “entrou” Nosso Senhor Jesus Cristo neste mundo?
Fica claro o milagre operado em Nossa Senhora na previsão dos méritos de seu divino Filho. Negar que Deus pudesse realizar tal milagre (Imaculada Conceição) seria duvidar de sua onipotência. Negar que Ele desejaria fazer tal milagre seria menosprezar seu amor filial, pois, como afirma S. Paulo: Deus construiu o seu “tabernáculo” que não foi “construído por mãos humanas“.
Ora, este tabernáculo, feito imediatamente por Deus e para Deus, devia revestir-se de toda a beleza e pureza que o próprio Deus teria podido outorgar a uma criatura.
E esta pureza perfeita e ideal se denomina: a Imaculada Conceição.
“Era justo e conveniente, fosse a pessoa de Maria preservada do pecado original, visto o filho de Deus tomar dela a carne que devia vencer todo pecado“ (Martinho Lutero)
 

POR QUE REZAR PELOS MORTOS?
"Quem crer em mim, ainda que morra, viverá!" (Jo.11,25)
A Bíblia fala de uma prisão temporária na “outra vida” - Jesus Cristo em S. Mateus 5,25 exorta a reconciliação com os irmãos nesta vida para que “não aconteça que o adversário te entregue ao juiz e o juiz te entregue ao seu ministro, e sejas posto na prisão. Em verdade te digo: não sairás de lá antes de ter pago o último centavo".
É evidente que esta 'prisão temporária' lugar de perdão na outra vida, através de um fogo que purifica e salva e de onde se sairá depois de pagar o último centavo, não pode ser o Céu, “onde nada de impuro entrará” (Apocalipse 21,27) nem o inferno,“onde não há redenção” e onde o fogo é eterno. (Mt. 25,41).
Só resta um lugar intermediário, transitório e de expiação, que a Igreja, com toda a propriedade e sabedoria chama de Purgatório, embora esta palavra não esteja na Bíblia está a sua realidade. Que é o que realmente importa!
Se os mortos não interessam pelos vivos, como explicar que aquele rico nos tormentos do inferno suplicasse a Abraão que enviasse Lázaro a seus cinco irmãos ainda vivos, para convencê-los a mudar de vida e evitar virem, por sua vez, áquele local de tormento ? (S.Lucas 16, 27)
Além da graça específica da salvação eterna, ligada ao Escapulário, Nossa Senhora concedeu outra, que ficou conhecida como privilégio sabatino. No século seguinte, apareceu Ela ao Papa João XXII, a 3 de março de 1322, comunicando àqueles que usarem seu Escapulário: “Eu, sua Mãe, baixarei graciosamente ao purgatório no sábado seguinte à sua morte, e os lavarei daquelas penas e os levarei ao monte santo da vida eterna
Chorar nossos mortos e perpetuar-lhes a lembrança no mármore, na tela, no livro é permitido, sim. Porém, não fiquemos só nisto. Juntemos à saudade a oração. Não basta chorar, precisamos orar. E nunca se precisa tanto de orações como depois da morte. No purgatório as pobres almas estão como o paralítico da piscina que dizia a Jesus: – Hominem non habeo! Senhor eu não tenho um homem que me lance na piscina para ser curado.
"No que concerne a certas faltas leves, deve-se crer que existe antes do juízo um fogo purificados, segundo o que afirma Aquele que é a Verdade, dizendo que se alguém tiver cometido uma blasfêmia contra o Espirito Santo, não lhe será perdoada nem no presente século nem no século futuro (Mt 12,31). Dessa afirmação podemos deduzir que certas faltas podem ser perdoadas no século presente, ao passo que outras, no século futuro."
Dependem aquelas almas santas de nossos sufrágios, de nossas orações e sacrifícios. Deus as entregou à nossa caridade. Sempre é eficaz a nossa oração pelas almas.
Os próprios judeus acreditavam que aqueles que não eram nem bons nem maus seriam conduzidos a um lugar aonde a pessoa humana sofreria castigos temporários até que estivesse apta para subir ao céu.
A oração pelos mortos aliás, era uma prática constante entre os primeiros cristãos, como atestam ainda hoje inscrições em numerosos túmulos e arcas funerárias cristãs daqueles primeiros tempos.

AS ATAS DO MARTÍRIO DE PERPÉTUA SÃO AS MAIS DIGNAS DE CONFIANÇA E COMPROVADAS HISTORICAMENTES E DIZ QUE SANTA PERPÉTUA TEVE UMA VISÃO COM SEU IRMÃO MORTO.
EIS O RELATO NARRADO PELA MESMA:
"Emocionada por ele não poder beber, acordei e com­preendi que o meu irmão ainda sofria; mas esperava poder dar-lhe alívio."  O ALÍVIO FORAM AS ORAÇÕES QUE ELA FEZ PELA ALMA DE SEU IRMÃO MORTO E LOGO DEPOIS TEVE OUTRA VISÃO:
"O lugar escuro onde antes tinha visto Dinocrato, vi-o iluminado.(...) Quanto a mim, acordei cheia de alegria: compreendi que ele estava livre da sua pena."

No evangelho, lemos:
"Todo o que tiver falado contra o Filho do homem será perdoado. Se, porém, falar contra o Espírito Santo, não alcançará perdão nem neste mundo, nem no mundo vindouro." ( Mt 12, 32).
O pecado contra o Espírito Santo, ou seja a pessoa que recusa de todas as maneiras os caminhos da salvação, não será perdoado nem neste mundo, nem no mundo futuro.
Acena, o Senhor Jesus, neste trecho implicitamente, que há pecados que serão perdoados no mundo futuro, isto é, após a morte. Ver também Mc 3, 29

Santa Faustina narra em seu diário espiritual sua visita ao purgatório: "Vi o Anjo da Guarda que me mandou acompanhá-lo. Imediatamente encontrei-me num lugar enevoado, cheio de fogo, e, dentro deste, uma multidão de almas sofredoras. Essas almas rezavam com muito fervor, mas sem resultado para si mesmas; apenas nós podemos ajudá-las. As chamas que as queimavam não me tocavam. O Anjo da Guarda não se afastava de mim nem por um momento. E perguntei a essas almas qual era o seu maior sofrimento. Responderam-me, unânimes, que o maior sofrimento delas era a saudade de Deus. Vi Nossa Senhora que visitava as almas no Purgatório. As almas chamam a Maria "Estrela do Mar." Ela lhes traz alivio. Queria conversar mais com elas, mas o meu Anjo da Guarda fez-me sinal para sair. Saímos pela porta dessa prisão de sofrimento. [Ouvi então uma voz interior] que me dizia: A Minha Misericórdia não deseja isto, mas a justiça o exige. A partir desse momento, me encontro mais unida às almas sofredoras".